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− | + | Nasceu na Baixada Fluminense, onde viveu até os sete anos. Aos 16, já havia morado em três favelas, em abrigos públicos e na rua. Foi criado na favela do Sapo, na zona oeste do Rio de Janeiro. [[Autodidata]], Celso é autor três ''best sellers'', e coautor dos livros'' Falcão - Mulheres do Tráfico'' (2007), ''Falcão - Meninos do Tráfico'' e ''Cabeça de Porco,'' sendo os dois primeiros com o rapper [[MV Bill]] e, o último, com o sociólogo Luiz Eduardo Soares. Seu quarto livro é ''O Manual dos Basqueteiros'', a primeira publicação de basquete de rua que se tem notícia. | |
− | + | Celso Athayde é fundador da Central Única das Favelas (CUFA), a maior organização não governamental focada nas favelas do Brasil e presente em mais de 15 países; da favela holding, a primeira [[holding social]] que se tem notícia e do Data Favela, o instituto de pesquisa e estratégias de negócios especializado na realidade das favelas brasileiras. | |
− | Em suas descobertas artísticas, Celso também dirigiu e produziu o | + | Sob a criação de Celso Athayde está também a Liga Internacional de Basquete de Rua (LIIBRA), evento internacional que acontece em 12 países e nos 27 estados da federação; o CineCufa, um festival de cinema internacional de produções audiovisuais realizadas por moradores de favelas; o BRADAN, festival brasileiro de [[break]], e o [[Rap Popular Brasileiro]] (RPB), festival nacional de música [[rap]], que tem como objetivo criar um diálogo entre o rap e as músicas regionais. |
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+ | Em suas descobertas artísticas, Celso também dirigiu e produziu o documentário ''Falcão Meninos do Tráfico'', co-dirigido por MV Bill, um filme que se tornou referência e mudou o olhar da sociedade sobre o tema educação e segurança pública. Além desses, Celso dirigiu também outros filmes como ''Três da Madruga'', ''Di Menor'' e ''Soldado do Morro''. | ||
Celso Athayde cuida ainda da agenda de nomes do [[hip hop]] brasileiro, como [[Nega Gizza]] e MV Bill. | Celso Athayde cuida ainda da agenda de nomes do [[hip hop]] brasileiro, como [[Nega Gizza]] e MV Bill. | ||
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Em 2003 , Celso Athayde e [[MV Bill]] levaram uma comissão de hip hop para um encontro com o Presidente da República, abrindo assim canais de dialogo com o planalto. Desse encontro surgiu a criação da Frente Brasileira de Hip Hop (FBHH). | Em 2003 , Celso Athayde e [[MV Bill]] levaram uma comissão de hip hop para um encontro com o Presidente da República, abrindo assim canais de dialogo com o planalto. Desse encontro surgiu a criação da Frente Brasileira de Hip Hop (FBHH). | ||
− | Celso Athayde criou o evento de Hip hip [[Hutúz]], que não se limitava ao | + | Celso Athayde criou o evento de Hip hip [[Hutúz]], que não se limitava ao Prêmio Hutúz, mas que prestigiava toda a cadeia do movimento. Contemplando o Rap, os Dj, [[Graffiti]], as batalhas de [[Break]], o Basquete de Rua e toda as outras manifestações culturais do Movimento. Hutúz, que nada tem a ver com a tribo africana , é uma expressão criada pelo próprio Celso Athayde, que significa força da favela. O Hutúz tinha como principal objetivo permitir e incentivar o Hip Hop e se comunicar com os outros segmentos musicais e com todos os outros atores da sociedade. |
=== Projetos === | === Projetos === | ||
− | Em 2006 Celso Athayde teve a ideia de criar o ''Dia da Favela'', festejado no dia 4 de novembro em Rio de Janeiro e que foi oficializado pela Lei municipal 4.383 de 28 de junho de 2006. | + | Em 2006 Celso Athayde teve a ideia de criar o ''Dia da Favela'', festejado no dia 4 de novembro em Rio de Janeiro e que foi oficializado pela Lei municipal 4.383 de 28 de junho de 2006. |
− | + | Hip Hop Comunitário | |
O primeiro projeto voltado para a segurança pública no Rio de Janeiro. Hip Hop comunitário foi realizado pela Cufa, coordenado por Flávia Caetano, uma parceria com a Secretaria Nacional de Segurança e a Guarda Municipal do Rio de Janeiro. Um projeto pensando por Celso Athayde e o antropólogo Luiz Eduardo Soares. Seu objetivo era colocar em contato direto e permanente os jovens e os agentes de segurança pública. Uma maneira de fazê-lo entender o ponto de vista do outro e com isso diminuir o campo e as barreiras de relacionamentos. Os resultados foram impressionantes. Tanto que se desdobrou num outro grande projeto chamado “ MÃO NA CABEÇA “, com policiais militares das UPPs do Rio. Os dois projetos foram pioneiros em seus seguimentos no estado. | O primeiro projeto voltado para a segurança pública no Rio de Janeiro. Hip Hop comunitário foi realizado pela Cufa, coordenado por Flávia Caetano, uma parceria com a Secretaria Nacional de Segurança e a Guarda Municipal do Rio de Janeiro. Um projeto pensando por Celso Athayde e o antropólogo Luiz Eduardo Soares. Seu objetivo era colocar em contato direto e permanente os jovens e os agentes de segurança pública. Uma maneira de fazê-lo entender o ponto de vista do outro e com isso diminuir o campo e as barreiras de relacionamentos. Os resultados foram impressionantes. Tanto que se desdobrou num outro grande projeto chamado “ MÃO NA CABEÇA “, com policiais militares das UPPs do Rio. Os dois projetos foram pioneiros em seus seguimentos no estado. | ||
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Apesar de ser um projeto criado por Celso Athayde, Ivana Bentes e Rafael Dragaud tiveram uma grande participação na elaboração e coordenação do projeto. | Apesar de ser um projeto criado por Celso Athayde, Ivana Bentes e Rafael Dragaud tiveram uma grande participação na elaboração e coordenação do projeto. | ||
Edição das 19h30min de 20 de janeiro de 2021
Celso Athayde(Nilópolis, 28 de fevereiro de 1963) é um produtor de eventos e ativista social brasileiro, especializado em favelas e periferias.
Nasceu na Baixada Fluminense, onde viveu até os sete anos. Aos 16, já havia morado em três favelas, em abrigos públicos e na rua. Foi criado na favela do Sapo, na zona oeste do Rio de Janeiro. Autodidata, Celso é autor três best sellers, e coautor dos livros Falcão - Mulheres do Tráfico (2007), Falcão - Meninos do Tráfico e Cabeça de Porco, sendo os dois primeiros com o rapper MV Bill e, o último, com o sociólogo Luiz Eduardo Soares. Seu quarto livro é O Manual dos Basqueteiros, a primeira publicação de basquete de rua que se tem notícia.
Celso Athayde é fundador da Central Única das Favelas (CUFA), a maior organização não governamental focada nas favelas do Brasil e presente em mais de 15 países; da favela holding, a primeira holding social que se tem notícia e do Data Favela, o instituto de pesquisa e estratégias de negócios especializado na realidade das favelas brasileiras.
Sob a criação de Celso Athayde está também a Liga Internacional de Basquete de Rua (LIIBRA), evento internacional que acontece em 12 países e nos 27 estados da federação; o CineCufa, um festival de cinema internacional de produções audiovisuais realizadas por moradores de favelas; o BRADAN, festival brasileiro de break, e o Rap Popular Brasileiro (RPB), festival nacional de música rap, que tem como objetivo criar um diálogo entre o rap e as músicas regionais.
Em suas descobertas artísticas, Celso também dirigiu e produziu o documentário Falcão Meninos do Tráfico, co-dirigido por MV Bill, um filme que se tornou referência e mudou o olhar da sociedade sobre o tema educação e segurança pública. Além desses, Celso dirigiu também outros filmes como Três da Madruga, Di Menor e Soldado do Morro.
Celso Athayde cuida ainda da agenda de nomes do hip hop brasileiro, como Nega Gizza e MV Bill.
Atividades
Celso Athayde é diretor geral responsável por um programa de televisão, apresentado e editado por jovens de favelas.
Em 2010 Celso Athayde criou o blog de entrevistas chamado Porradão de 20, no qual ele convida personalidades de várias áreas.
Em 2003 , Celso Athayde e MV Bill levaram uma comissão de hip hop para um encontro com o Presidente da República, abrindo assim canais de dialogo com o planalto. Desse encontro surgiu a criação da Frente Brasileira de Hip Hop (FBHH).
Celso Athayde criou o evento de Hip hip Hutúz, que não se limitava ao Prêmio Hutúz, mas que prestigiava toda a cadeia do movimento. Contemplando o Rap, os Dj, Graffiti, as batalhas de Break, o Basquete de Rua e toda as outras manifestações culturais do Movimento. Hutúz, que nada tem a ver com a tribo africana , é uma expressão criada pelo próprio Celso Athayde, que significa força da favela. O Hutúz tinha como principal objetivo permitir e incentivar o Hip Hop e se comunicar com os outros segmentos musicais e com todos os outros atores da sociedade.
Projetos
Em 2006 Celso Athayde teve a ideia de criar o Dia da Favela, festejado no dia 4 de novembro em Rio de Janeiro e que foi oficializado pela Lei municipal 4.383 de 28 de junho de 2006.
Hip Hop Comunitário
O primeiro projeto voltado para a segurança pública no Rio de Janeiro. Hip Hop comunitário foi realizado pela Cufa, coordenado por Flávia Caetano, uma parceria com a Secretaria Nacional de Segurança e a Guarda Municipal do Rio de Janeiro. Um projeto pensando por Celso Athayde e o antropólogo Luiz Eduardo Soares. Seu objetivo era colocar em contato direto e permanente os jovens e os agentes de segurança pública. Uma maneira de fazê-lo entender o ponto de vista do outro e com isso diminuir o campo e as barreiras de relacionamentos. Os resultados foram impressionantes. Tanto que se desdobrou num outro grande projeto chamado “ MÃO NA CABEÇA “, com policiais militares das UPPs do Rio. Os dois projetos foram pioneiros em seus seguimentos no estado.
- Mão na Cabeça
Tinha como objetivo central testar a capacidade de interação e integração entre jovens moradores de favelas, do asfalto e policiais militares. Diminuindo assim a desconfiança natural na retomada dos territórios que sempre foi um pleito comunitário e por outro lado uma maneira de aproximar e fiscalizar a atuação dos policiais e seus prováveis exageros. O projeto contava além dos elementos da cultura hip hop como moderador, mas também a capoeira e o áudio-visual. Cacá Diegues, Luis Erlanger, Rafael Dragaud, Ivana Bentes são alguns dos parceiros que ministravam aulas nesse projeto.
- Estação F
Estação Favela é um projeto que começou na noite de natal de 2000. Quando Celso Athayde e o rapper MV Bill realizaram o primeiro evento do estado do rio feito em favelas com grandes nomes da música. Cantaram nesta noite: Caetano Veloso, Djavan , Dudu Nobre e Cidade Negra. Além de MV Bill e músicos locais. A partir do sucesso desta noite muitos outro evento foram produzido e realizados pela CUFA, muitos deles em parceria com a Globo Rio. Entre eles: Daniel , Gilberto Gil, Preta Gil, Banda calypso, Pixote, Belo entre outros
- Viradão Esportivo
É um evento esportivo – social criado por Celso Athayde , produzido pela Cufa que tem como parceiro a Rede Globo. Tem por objetivo incentivar as pessoas a pratica esportiva independente da idade ou situação social. Em um único evento 16 milhões de pessoas foram mobilizadas.
- Rebelião e Arte
Trata-se de um projeto realizado em 4 presídios de do Complexo Penitenciário de Bangu, nos mesmos moldes do Mão na Cabeça. A diferença é que esse projeto é para presidiários de facções distintas. No final do projeto eles fazem um filme juntos e uma grande intervenção de grafite. Não se trata de um projeto de qualificação profissional, mas de humanização e reação entre eles. Apesar de ser um projeto criado por Celso Athayde, Ivana Bentes e Rafael Dragaud tiveram uma grande participação na elaboração e coordenação do projeto.
Obras
- Cabeça de Porco;
- Falcão, Meninos do Tráfico;
- Falcão, Mulheres e o Tráfico;
- Cufa 10 Anos;
- Manual dos Basqueteiros 2008/2009 /
- Manual dos Basqueteiros 2011/2012;
- Álbum da Taça das Favelas;
Filmes
Celso Athayde em parceria com MV Bill, produziram e dirigiram o filme (documetário) Falcão, Meninos do Tráfico.